-Estrelas no meu Caminho-
Natural da freguesia
do Touro, é ele também uma voz eleita e sonora de uma região escolhida para ser
o maior e mais rico alfobre sacerdotal da diocese de Lamego.
Vive esse carisma e
fez dele vida ao dar vida e visibilidade às estrelas que iluminaram o seu
caminho.
Às suas obras
publicadas em 2001, 2014, 2017 e 2018, de cariz pastoral e esclarecimento histórico
da riqueza artística da arte das igrejas de Fráguas e Vila Nova de Paiva, vem
em 2020 juntar e reunir em livro o seu testemunho escrito, em parte já publicado
na imprensa regional, sobre aqueles padres que de perto ou de longe o modelaram
e dele fizeram o grande sacerdote que é.
Depois de Nespereira,
no concelho de Cinfães, pastoreia agora com vivacidade exemplar Alhais, Fráguas
e Vila Nova de Paiva onde é ele também estrela para muitos que no convívio da
sua pastoral, na audição que pela rádio leva a redutos longínquos ou nos textos
que publica na imprensa local e redes sociais.
Com este livro fizeste
história e deixaste memória
-2- As Estrelas que ocupam o espaço Celeste têm luz
própria e irradiam-na.
No espaço terrestre
que habitamos e nas terras humildes onde vivemos há também estrelas vivas e
brilhantes nos caminhos por onde andamos.
São luzeiros de
exemplo, virtude, ajuda, estímulo e amparo.
Estas estrelas são
homens, pessoas vivas que por si se elevam acima do espaço onde estão, atraem
pela sensatez e iluminam pelo exemplo recatado da virtude interventiva na
bondade.
O título deu origem a
um belo livro de Monsenhor Justino Lopes que li recentemente.
Li de uma assentada
esse relato encantador sobre 40 sacerdotes que combateram (ou combatem) o bom
combate, guardaram a fé, salvaram almas, abriram caminhos, fizeram luz e
brilharam nas trevas.
Revivi eu próprio as
virtudes e exemplos de muitos deles que, (mais de metade), na vida conheci.
Escrever e publicar é
falar para os outros e partilhar com eles o saber da experiência.
E se escrever é um
dom, publicar é uma coragem.
Obrigado Pe. Justino
pelo que fizeste e deles disseste.
-3- É belo e nobre - (nem sempre frequente) - elogiar
irmãos viajantes do mesmo caminho, e tu fizeste isso de modo brilhante,
descrevendo em cada um os valores mais edificantes, antecipando a via sinodal
que «Francisco» veio agora propor para caminharmos juntos nos caminhos da
missão e na vinha da igreja.
Sem rigor, com emoção
e subjetividade, dos 40 apresentados realço 4 nomes que me prenderam e guiaram
também:
-Pe. Sílvio -1º Diretor da nossa «Estrela Polar»,
verdadeira escola de jornalismo.
-Pe. Jorge Lages- que modelou meu pensamento com o
seu livro «Juventude Heróica».
-Pe. Daniel da
Costa – meu pároco,
modelo sacerdotal e guia do seu povo no caminho espiritual e no apoio social.
-D. António Rafael- notável Vice-reitor em Resende e
depois bispo de Bragança que a todos nos formou na responsabilidade da «Vida
e Alegria».
-4- Ao Pe. Justino une-me a proximidade do tempo no cartão de
cidadão, o conhecimento, vida e segredos dos corredores do nosso seminário, a
Direção da Estrela Polar, as Semanas Missionárias da década de sessenta, os
vislumbres da missão no futuro que se aproximava, o «eletrocardiograma da vida»
com a riqueza dos seus picos ondulados, o gosto da comunicação e a alegria da
intervenção.
Do Pe. Justino
separa-me a escolha divina para a vida sacerdotal na autoestrada da missão,
ficando eu, logo em 1969, no laicado da igreja que o Concílio Vaticano II
enobreceu também.
-5- Em Nespereira
ou Vila Nova de Paiva,
«enredado na rádio ou nos jornais», no altar da Igreja ou nos caminhos da
terra, nas rotundas da vida ou no silencio da oração, tu és também, Padre
Justino, uma estrela no caminho de muitos viajantes que te olham, te vêm, te
esperam e também te «ajudam nestes caminhos de Deus».
Srª
da Hora, 20 de julho de 2022
Adão
Sequeira
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