Caros Aselistas
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
ASEL - Nucleo do Porto - Consoada
sábado, 19 de dezembro de 2020
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
O Magusto virtual dos antigos alunos Franciscanos
Mas, neste tempo de pandemia, as certezas e seguranças que antes tínhamos, converteram-se na incerteza e na insegurança! Assim aconteceu com o nosso Magusto de São Martinho. Voltámos ao “Virtual”, não deixando, porém, de assinalar este evento tão do nosso agrado!….
Nos tempos de Montariol, o Magusto realizava-se no dia 1 de Novembro, no Cruzeiro, fora dos muros da extensa mata e quinta, cujo souto de grandes e frondosos castanheiros; de bardos e ramadas de videiras de enforcado, forneciam à Comunidade Conventual e a cerca de 200 alunos, muitas arrobas de apetitosas castanhas e umas pipas de vinho verde!…
Porém, como disse acima, a Associação passou a realizar o Magusto no sábado mais próximo do dia de São Martinho cuja festa, como todos sabem, é no dia 11 de Novembro.
Mas, o nosso “Magusto Virtual”, de que pretendo falar, principalmente aos ausentes, iniciou-se pelas 14:30 horas. E, lá foram entrando na “sala de visitas”, a convite do anfitrião, o José Proença, vice-presidente da nossa Associação, que acolheu fraternalmente cada um dos antigos alunos. E até chegaram do Brasil, do Catar, e dos Estados Unidos! E, claro, dos vários pontos de Portugal. Mataram saudades; recordaram o “Magusto”, lá em cima no Cruzeiro; encontraram amigos e companheiros de carteira, de mesa do refeitório, de banco na capela e Igreja, vizinhos na camarata… Contaram histórias de há muitas décadas, mas sempre vivas na nossa memória…
Certamente que São Francisco gostou de ver como muitos dos seus “filhos do coração”, em diversos lugares do mundo, social, familiar, profissional e geográfico, procuram viver a espiritualidade franciscana. E, também, São Martinho, soldado do exército romano, que utilizou a espada para cumprir uma das Obras de Misericórdia, (vestir os nus), canonizado pelo povo, o povo que nas suas peregrinações em busca dos milagres do santo, comia as castanhas e bebia o vinho, celebrou, virtualmente, connosco…
14 de Novembro de 2020
Alfredo Monteiro, presidente da AAAFranciscanos
Ser (mais) humano ! (UASP)
No fim, quando a pandemia acabar…
– talvez sejamos capazes de compreender
que o melhor para todos e cada um, é sermos mais humanos;
que dependemos mais uns dos outros do que pensamos;
que as lógicas egoístas não nos salvam e podem deitar a perder o esforço de muitos;
que a defesa e a promoção da vida humana, bem maior de uma comunidade, é missão nobre da política;
que o princípio do bem comum permite defender a vida de todos, sem deixar ninguém para trás;
que a dignidade do ser humano é igual em todos os indivíduos;
que desistir de um ser humano, qualquer que ele seja, é desistir de uma parte de nós mesmos;
que lutar pela vida de alguém ou de alguns, dá sentido à minha, às nossas vidas;
que uma nova oportunidade está a nascer na história da humanidade;
que se mobilizaram, desta vez, mais meios para salvar vidas do que para as destruir;
que o meio ambiente é nosso aliado, se para tanto o deixarmos;
que a ciência e tecnologia podem ser expressão maior da solidariedade humana;
que a harmonia social é possível: tal como a pandemia, também a construção de um mundo melhor nos pode unir;
que os mais vulneráveis, não os interesses de grupos, devem definir as prioridades de uma comunidade;
que nos hospitais e centros de investigação científica se está a escrever uma das mais belas e dramáticas páginas da história recente;
que há heróis ao nosso lado, feitos de resistência e entrega, inteligência e criatividade, dedicação e compaixão sem limites;
que nos lares e casas de idosos se sofre para além do imaginável, na impotência, no isolamento e no medo…
Até chegar esse dia…
– nos limites do possível, somos todos cuidadores da vida uns dos outros,
rompendo a solidão que mata, dos mais novos aos mais velhos,
levando o conforto da amizade e a consolação da esperança;
inspirando confiança e ajudando a suportar a incerteza dos dias que atravessamos.
Vamos iniciar o Advento que nos prepara para o Natal de Jesus!
É Ele que, em tempos de pandemia, nos convida a acolhê-Lo na paz e na alegria.
Sejamos seus mensageiros!
P. Armindo Janeiro
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Consoada Digital - ASEL 2020 - Núcleo do Porto - Romagem ao Túmulo de D. António Francisco-
-1- À semelhança do que temos feito em anos anteriores, desde a criação do Núcleo e já lá vão 35, este ano vamos realizar também a consoada/encontro de Natal.
Vai ser no dia 12 de dezembro, sábado, 21h30.
É diferente. A pandemia e o confinamento a isso aconselham e obrigam.
Mas é Natal.
Natal há sempre. O modo de o viver reinventa-se de ano a ano.
É um Natal digital. À hora marcada, em modo digital na Plataforma ZOOM entraremos em convívio.
Não há bacalhau nem batatas.
Pode haver rabanadas ou café,…e é Natal
São 10 a 15 minutos.
-2- Nesse dia também, (conforme já realizado ano passado, em 2 de dezembro), aproveitamos a oportunidade para uma visita/romagem de recordação, estima, gratidão e reconhecimento ao túmulo de D. António Francisco dos Santos.
Informamos assim por este meio a Direção e todos os Aselistas que nesse dia, teremos a visita ao túmulo, sito na capela de S. Vicente, claustros da Sé do Porto.
-3- Antes ou após este momento de oração e viagem/convívio «caminhando com D. António» na evocação da sua memória, lembrança das suas virtudes e partilha das suas orações, cumprimentaremos, se a sua agenda o permitir, Sua Excª Reverendíssima Snr.D. Manuel Linda, Bispo do Porto e Aselista também.
-4- Programa :
-11h00- visita ao túmulo de D. António Francisco e cumprimentos D. Manuel Linda.
-21h30- Consoada digital. Dez minutos. Será enviado link de entrada.
Para esclarecimentos:- contactar Telemóvel- 963 510 210 ou mail-adao.sequeira@sapo.pt
Adão Sequeira
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
11 de setembro uma data a não esquecer!
D.
António Francisco dos Santos
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Não pode agora desaparecer da memória quem na nossa memória estaria sempre se o fim do seu tempo na terra não tivesse chegado tão cedo.
A memória não é sentimental, mas afetiva.
Recordar o tempo e os atos é também apreciar e reviver qual terá sido o melhor momento de maior grandeza de alma, gesto ou pastoral daquele que veio a falecer Bispo do Porto, cidade e povo que ganhou pela bondade e amava na realidade.
Sorridente e afável, era a expressão feliz duma grandeza humana de rara semelhança, um senso acumulado de clareza social, um raciocínio perspicaz e imediato e uma intelectualidade consistente e profunda.
Recordando atos e factos, não consigo saber onde foi maior na sua vida, na sua ação, na sua intervenção ou na sua mensagem.
Sempre alegre e feliz na vida, não é fácil distinguir o tempo e o momento em que D. António Francisco esteve mais perto de Deus e do povo, se foi quando bispo em 3 dioceses e em cada uma deixou o seu rasto , marca, memória e história, se foi quando Padre António em Lamego ou Paris junto de alunos, paroquianos e emigrantes conseguindo permanecer em todos para além do tempo, ou se foi na sua juventude, quando ainda aluno agregava colegas de seminário ou espalhava de graça os sorrisos da vida nos encontros que realizava.
Sendo empolgante o seu final como bispo, são de igual tamanho e grandeza os precedentes, porque sempre foi possível ver nele o homem diferente em que se adivinhava a montanha alta que atingiria na vida que tivesse e na vida daqueles que viajassem no mesmo caminho.
De braço estendido à cidade e com os dois abertos aos pobres e carenciados, todos na sua alma cabiam e todos no seu coração residiam.
Com todos rumou a Fátima e em Fátima, no dia 9 todos entregou a Maria. No dia 10 descansou. No dia 11 partiu.
Foi em setembro. Vão lá 3 anos.
As palavras a todos deixadas são semente viva que continua a germinar e a responsabilizar-nos como «herdeiros da verdade, servidores da solidariedade e responsáveis pela construção do bem comum».
Tudo em D. António valeu a pena.
Valeu a pena viver, ter amigos e amar o povo.
Valeu a pena lembrar ao poder o seu dever.
Valeu a pena lembrar aos ricos o destino devido e justo das suas sobras.
Valeu a pena chamar os pobres à sua mesa, os descalços à sua sapataria, ou os de cabelo por cortar à sua barbearia.
Tudo isto foi presente, tudo isto é passado, tudo isto ainda vive nas ruas e caminhos das terras por onde passou e nas avenidas e vielas da cidade de onde partiu.
Tudo isto foi visto, tudo isto é Cristo, tudo isto é memória, história, vida e realidade afirmativa que D. António afinal continua vivo cá, mesmo depois de já estar Lá.
Vale a pena reler ou ouvir de novo as suas palavras de ânimo e ação em que ele vê também nos outros a verdade da sua vida e a abundância da sua bondade:
«Vale a pena saber , meus irmãos, que há homens e mulheres que não se cansam de cuidar da vida da pessoa humana , em todas as fases, sobretudo quando ela está doente, quando ela sofre, quando ela é frágil, quando ela precisa, quando ela é indefesa.»
Ou quando profeticamente disse: « uma vida inteira não se encerra numa palavra, não se fecha na memória, nem tão pouco se devolve no tempo (…), uma vida dada é um tesouro que se guarda, é uma semente que germina, é uma luz que irradia e irrompe cada manhã».
… E vale também a pena lembrar que partiu há 3 anos.
Há uma flor sempre verde na capela de S. Vicente na Sé do Porto sobre o túmulo que o guarda a lembrar e representar cada um de nós.
E quando lá vou, pela ação do movimento, a flor mexe, em sinal de vida.
Adão Sequeira
(11-9-2020 )