sexta-feira, 20 de setembro de 2019


Caminhando com Dom António


-1- Mais um livro sobre D. António Francisco. É o terceiro.
O imperativo de continuar viagem e «caminhar com D. António» nasceu do povo imediatamente após o seu falecimento. Parados e sentados no mesmo lugar, não se chega a lado nenhum. Guiados pelo ruídos dos seus passos e sombra da sua imagem, continuamos a caminhar, de olhos no Além, na difusão da sua mensagem e vivência da nossa missão.
A frase e a mensagem deram agora título ao livro «Caminhando com Dom António», obra que evoca o homem, o sacerdote e o bispo, a sua memória, as suas virtudes  e os seus atos.
Tudo ainda muito vivo, tudo ainda muito presente.
E são todos a dizer a mesma coisa, os pequenos, os pobres e os humildes, ou os grandes, os ricos e poderosos.
A todos ele marcou. Em todos deixou a semente da fé. Não sou eu que digo. São eles. Os tocados. Aqueles muitos que mesmo no silêncio das suas casas e nos caminhos da suas vidas caminham também com D. António.
-2- Para além de muito mais, este livro é:-
um testemunho de amizade expresso no seu prefácio por D. António Taipa; é também o  expressar de  memória contínua no relato de alguns convidados a participar e que vazam no papel em texto sentido a sua gratidão sem medida  ao homem, ao amigo (agora santo, porque está no céu, na Glória do Pai); é muito especialmente o rasto histórico que vai manter na memória futura os passos que deram origem à Estatua e Monumento que todos vemos em Tendais, junto e virado para os altares  da igreja de Santa Cristina, onde aprendeu a catequese, formou a sua vocação, cresceu para Deus e partiu para a Missão; é ainda e também um instrumento pastoral ao dispor do pároco de Tendais.
 -3- Apresentação da obra.
 Da autoria do Dr. Bernardo Correia de Almeida o livro foi apresentado no dia 11 de setembro pelo Pe. Jorge Cunha, Pároco de S. João da Foz e eminente teólogo, numa sala do Palácio da Bolsa do Porto em memória do 2º aniversário do falecimento de D. António na manhã do dia 11 de setembro de 2017. A sala encheu-se às 21h00 com gente do Porto, Lamego, Cinfães e Aveiro;  foram momentos evocativos de saudade, história e memória numa sessão com elevada qualidade conduzida pelo Snr. Padre Adriano, Pároco de Tendais e «alma mater» do evento e que o Snr. D. Manuel Linda, bispo do Porto encerrou dizendo (…)« o Snr. D. António Francisco é já o nosso valioso cartão de visitas».
No domingo, dia 15, às 16h00, na biblioteca municipal de Cinfães teve lugar a apresentação do mesmo livro. Com o anfiteatro praticamente cheio constituíram mesa de honra O Snr. D. António Couto, bispo de Lamego, O Snr. Armando Mourisco, Presidente da Câmara municipal, o Snr. Pe. Adriano, pároco de Tendais, o Snr. Padre Jorge Cunha pároco de S. João da Foz e o autor da obra Dr. Bernardo Correia. Nesta sessão com agrado ouvimos o apresentador afirmar que D. António Francisco é hoje património religioso, humano e cultural não só da sua terra, mas também de todas as terras por onde passou e nelas deixou a semente da bondade, da fé, da esperança e da caridade que o mesmo é dizer do amor e da paz.
-4- Dou agora e aqui os parabéns ao autor, pela qualidade literária da forma  e magnífica seleção dos conteúdos, e ao Snr. Padre Adriano Pereira pelo trabalho que desenvolveu e por mais este instrumento pastoral que tem ao seu dispor e de que, por cedência do autor a paróquia passa a ser titular.
Esta singela reportagem finaliza  com as sábias e oxalá que proféticas palavras de D. António Couto ao encerrar a sessão, citando a língua  hebraica e brincando com ela (…)« eu não encerro a sessão, as portas não se encerram, são para estar e ficar abertas, sempre abertas».
Agora, D. António Francisco, «as portas estão abertas», e nós entrando e saindo por elas, vamos continuar a caminhar e contigo fazer a nossa viagem e cumprir a nossa missão.
Adão Sequeira







quarta-feira, 11 de setembro de 2019

D. António Francisco- 2º aniversário do seu falecimento


D. António Francisco dos Santos, 2017-2019


-1- Foi há dois anos, em 11 de setembro de 2017. De manhã bem cedo, D. António, partiste. Era segunda feira.

Em plena autoestrada da vida, em data que ninguém esperava, em circunstâncias que ninguém supunha e no momento em que a cidade e a diocese, rendidos ao teu trabalho, à tua bondade, ao teu convívio, à tua clareza, à tua estatura e aos teus passos, apareceu de madrugada o Senhor da Vinha.

Em vão chamaste pelos homens.

Em vão também terás dito ao Senhor da Messe que tinhas à tua espera e agendada visita aos teus amigos, ao teu clero, às tuas paróquias, aos teus «sem abrigo», aos teus «deserdados da sorte», aos pobres das tuas ruas, às ruas da tua cidade ou à cidade do teu povo.

Dois dias apenas depois de reunires em Fátima a tua diocese inteira, a teres oferecido à virgem de Fátima e lá mesmo teres arrancado e divulgado a esperança de uma frutuosa missão pastoral, a tua nova viagem começou.

A Semente  lançada, caiu em terra fértil e, sem retorno, o fruto nascente e promissor continua a fazer caminho no avanço da missão em que todos somos discípulos missionários

 «A Alegria do Evangelho é a nossa Missão» é a grande mensagem (que ficou, recordamos e vivemos) constantemente saída dos teus braços abertos a todos, do teu sorriso nunca escondido a ninguém e da tua alegria contagiante ao cumprimentar os sem abrigo da rua sem teto nem pão ou saudar os altos responsáveis da cidade ou da nação.

-2- Dois anos volvidos e já sem ti, é bom não esquecer tudo isto, é bom manter a chama viva fazendo sempre presente o tamanho das tuas virtudes, mantendo ardente  a luz da esperança na esperança que todos reconheçam como seria bom imitar os passos e virtudes que sem dares conta ficaram semeados nos caminhos que percorreste, nas comunidades que visitaste, nas dioceses que serviste e nos amigos que fizeste.

«Se ninguém morre e desaparece enquanto viverem as coisas que fez» (Steinbeck, então viverás ainda muitos anos no meio de tudo isto e de todos por onde andaste e passaste e não desaparecerá no tempo o sorriso da tua bondade a roçar (ainda em vida) os passos da santidade oferecidos por ti ao teu povo. Porque tu continuas  e continuarás cá sem medida de tempo.

-3- Homem de Maria, tinhas nEla a tua luz. Homem da virgem peregrina, tinhas nEla a tua esperança; e quando, de 10 de abril a 1 de maio de 2016, Ela visitou as 400 paróquias da tua diocese, tu A acompanhaste momento a momento, passo a passo, de pé firme e sempre ao seu lado, a falar dEla ao povo que em silêncio tudo ouvia. Homem de Fátima tinhas neste santuário altar do mundo (onde em discurso direto contigo me encontro hoje, 29 de agosto, dia do teu aniversário) a tua inspiração mariana. Aqui estiveste há 52 anos, seminarista ainda, a ver Paulo VI no cinquentenário das Aparições; aqui te deslocaste vezes sem conta no teu múnus sacerdotal e episcopal; aqui conduziste a ASEL num dos momentos altos da sua existência; aqui trouxeste em peregrinação de sentido único a cidade e a diocese em 9 de setembro de 2017 e aqui, dEla, de tudo e de todos te despediste também.

D. António Francisco, a tua voz agora é silêncio.

O teu silêncio porém é voz que se ouve porque fala por ti a tua memória como sombra benfazeja da tua vida.

Em cada um continua a residir a miragem e um espaço de te reencontrar para te confidenciar mais uma coisa que não foi dita, um desabafo que aguardava momento ou ouvir algum conforto espiritual ou humano que tanta alegria e paz dava aos teus ouvintes.

Recordar é não esquecer.

Não esquecer é continuar a «caminhar contigo» até onde e enquanto Deus quiser.

…porque sente-se ainda no ar o ruído do teu andar e no chão a sombra da tua passagem.

 
Adão Sequeira  



      

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Homenagem ao Maestro Perira Pinto

Publica-se o cartaz de homenagem ao Maestro Pereira Pinto no próximo dia 12 de outubro e o link para a INSCRIÇÃO DE ASELISTAS que queiram participar: