Publicações

Espaço destinado a publicações editadas pela ASEL e outras de leitura aconselhada!

Obras Editadas pela ASEL

Estrela Polar é uma Antologia de textos publicados pelos alunos dos seminários de Lamego no seu jornal mensal - Estrela Polar - essencialmente entre 1951 e 1959.
A edição é propriedade da ASEL, tem data de outubro de 2007 .
A coordenação coube a D. António Francisco dos Santos, Joaquim Correia Duarte e Adão Pereira Sequeira da Fonseca e a seleção dos textos integrou uma equipa de 8 elementos da ASEL.
A obra está dividida em 12 capítulos precedidos de 2 artigos explicativos e seguidos de Notas Finais onde se elencam todas as equipas formadoras dos seminários, os corpos sociais da ASEL nos seus 25 anos, as várias direções da Estrela Polar bem como a relação do nº de artigos publicados por cada aluno no jornal  Estrela Polar.
Na elaboração da Antologia foi dada também alguma atenção e representação às publicações da 2ª edição da Estrela Polar que reapareceu em 1998, tendo os artigos  selecionados sido enquadrados nos fins de capítulo, segundo as datas de publicação.
A obra, com uma tiragem de 3000 exemplares, 250 dos quais em capa especial, foi editada na gráfica - «Diário do Minho»- consta de 610 páginas em papel selecionado, tem capa da autoria do pintor aselista Fernando Lopes Direito .
As receitas obtidas logo em 2007  cobriram todas as despesas, ofereceram  2 bolsas aos seminários, deram contributo a duas instituições de Lamego e patrocinaram a escultura em pedra colocada  no recreio do Seminário de Resende em 2008  evocativa  dos 25 da ASEL.
Desta obra que teve o apoio do Governo civil, 14 câmaras municipais e 3 empresas, foi enviado um exemplar às bibliotecas nacionais, todos os Seminários e Cúrias  Episcopais.
No seu género e qualidade, esta obra é caso único nos seminários de Portugal, para honra e destaque dos seminários de Lamego, sendo necessariamente obrigatória a sua consulta a quem desejar honestamente fazer o estudo  e evolução do pensamento na diocese de Lamego na segunda metade do séc. XX.

Senhora da Hora, 22 de abril 2012.
                                                                                                Adão Sequeira 

A ASEL aconselha
A SABEDORIA
Autor: Paulo Jorge Pereira Alves
Editora: Instituto Piaget

Está em causa a sabedoria. Trata-se de um tópico hoje muito versado no âmbito da denominada “Psicologia Positiva”, juntamente com outros temas (amor, felicidade, optimismo, esperança, perdão, espiritualidade, coragem, gratidão, etc.) que podem conduzir a uma “nova psicologia”, não no sentido de que a psicologia clássica ou tradicional tenha menos méritos, mas considerando que esta insistia nos aspectos negativos ou se posicionava numa atitude mais remediativa do que profiláctica ou promotora de uma personalidade mais integrada e harmoniosa.
            O tema da sabedoria é, de algum modo, tão antigo quanto a humanidade. Desde que atingiu uma inteligência superior e tomou consciência de si mesmo, o homem continuou a crescer psiquicamente, procurando a perfeição. A sabedoria constituiria o culminar dessa peregrinação espiritual. Os gregos, em particular, procuraram estudar este conceito e tornaram-se “filósofos”, que significa precisamente “amigos da sabedoria” (sophia), distinguindo entre uma sabedoria mais prática ou prudencial (phronesis) e outra mais teórica.
No 1º capítulo, o autor faz um longo excurso histórico analisando diversos conceitos de sabedoria conforme as diferentes culturas. Assim, fala da sabedoria na antiguidade egípcia, na filosofia e cultura oriental, na cultura grega e ocidental, na Bíblia e na filosofia contemporânea. Reserva o 2º capítulo para a interpretação psicológica da sabedoria, começando com uma revisão histórica, seguindo-se a análise de diversos paradigmas de sabedoria, incluindo a sua dimensão religiosa e/ou transcendental. Finalmente, o 3º e último capítulo teórico é dedicado à estrutura multidimensional da sabedoria.
Se mérito houve na análise teórica exaustiva deste construto, também a parte empírica esteve à altura, apresentando o autor uma escala própria de avaliação da sabedoria, com três factores (inteligência, personalidade, transcendência), que demonstrou boas qualidades psicométricas. Além disso, o autor traduziu e adaptou para a população portuguesa mais duas escalas clássicas sobre a sabedoria. Pode assim este tópico ser mais estudado em Portugal, mesmo a nível empírico, dispondo de novos instrumentos de avaliação.
Está de parabéns o autor por ter realçado brilhantemente o tópico da sabedoria, insistindo de modo particular na dimensão espiritual ou transcendental da mesma, frequentemente olvidada, mas que se reveste de particular importância particularmente na população idosa. Na conclusão propõe-se continuar a investigar neste domínio sofiológico da personalidade que de algum modo faz arco de ponte entre a inteligência, a afectividade e a espiritualidade, constituindo talvez a expressão máxima da “inteligência emocional”, enfim, a plenitude ou a excelência do espírito humano.
Hoje a sabedoria não abunda na “cidade” dos homens. Entretanto, todos precisam dela como “pão para a boca”: os cientistas para serem prudentes nas suas investigações e conclusões; os políticos para procurarem o bem público acima dos seus próprios interesses; os senhores da comunicação social para que não se arvorem em donos da verdade; os educadores (particularmente pais e professores) para agirem com firmeza e ao mesmo tempo com confiança e compreensão; os homens “especialistas do espírito” para procurarem abrir as consciências ao transcendente; enfim, todos nós para vivermos mais ponderados e felizes para além de todas as contingências da vida.
In prefácio
                                                                                         Doutor José Barros de Oliveira
Prof. Catedrático da FPCE – Universidade do Porto
                                                                                        Doutora
Luísa Maria  Morgado
Profª. Catedrática da FPCE – Universidade de Coimbra



Um comentário:

  1. Avelino Alves Pereira23 de abril de 2012 às 06:21

    Parabens Dr. Adão que, como ninguêm, conhece a obra em todas as suas vertentes. O resumo é excelente e, quem ainda a não possui vai, de certeza, adquiri-la pois, só assim, como diz, poderá conhecer o trabalho da nossa diocese através dos seus seminários. Obrigado em nome de toda a ASEL.

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