segunda-feira, 9 de setembro de 2024

D. ANTÓNIO FRANCISCO -7º ANIVERSÁRIO DA SUA MORTE

 

Caríssimos ASELISTAS,
                                          A propósito do 7 º aniversário da partida para o Pai do nosso saudoso ,             D. António Francisco dos Santos, o Senhor Dr. Adão Sequeira, nosso associado e membro do Conselho Consultivo dos Corpos Socias da ASEL , escreveu  o texto com o título :                                                 " D. António - e 7 anos que já  foram . "
         Este texto foi já publicado em diversos órgãos da comunicação social , nomeadamente no semanário Diocesano " Voz de Lamego , no passado dia 4 de Setembro .
           A direção da ASEL , não se alheando a tão louvável iniciativa ,dá os parabéns ao Dr. Adão por tão lindo e empolgante texto , vem agora  nas vésperas do dia em que se celebra o dia da Memória Asel e o 7º aniversário do falecimento do Senhor D. António Francisco , publicar o referido referido texto que, a seguir , se transcreve.

O Presidente da Direção da ASEL,                                                                                                               Luis de Sousa Ferreira

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D. António Francisco - e 7 anos que já foram                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             11-09-2024- Adão Sequeira









-1- Lembrar, recordar ou reviver D. António não cansa nem é demais.

Não é bom em nada nem em tempo algum o caminho fácil do

esquecimento.

Mesmo quando já se falou tudo, se disse tudo ou se lembrou tudo, há

sempre um outro tudo ainda maior que ficou por mostrar, dizer ou viver.

Sete anos vão já no tempo e o tempo continua igual, em sequências

contínuas e com dias sempre novos.

Os anos e dias no céu não têm contagem igual à nossa ou significado

legível, mas é aqui na terra que vivemos e às suas condicionantes nos

agarramos nas limitações que temos.

À falta de melhor inteligência, o simbólico nº 7 ajuda-nos a escrever.

O nº 7, na Bíblia, indica perfeição de Deus e a conclusão de um ciclo.

Ao 7º dia Deus descansou plenamente realizado com a obra da criação.

O Génesis, o Êxodo, o Levítico, o livro de Josué, o livro dos Reis, os Salmos,

Provérbios, Daniel, o Evangelho e especialmente o Apocalipse são um

manancial de simbolismo e interpretação do nº 7 .

O nº 7 e os seus múltiplos conduzem-nos também ao mesmo sentido:

Plenitude, Perfeição, Descanso, Ausência de Limite.

Recordamos o passado, esperamos o futuro e o resto é presente que

deixa de o ser exatamente no momento em que o foi, pois só por ilusão da

nossa mente vemos como presente contínuo o que já é passado recente.

-2- Tudo isto tem a ver com os 7 anos que leva de falecimento o Snr. D.

António Francisco dos Santos ocorrido em 11 de setembro de 2017.

O tempo passa, amadurecemos a mente, serenamos a vontade, ajuizamos

melhor, aceitamos a realidade, mas não podemos esquecer ou alienar o

que foi tão válido no tempo em que o foi.

Foi o homem necessário colocado no seu tempo e também no seu tempo

do seu local retirado.

Deus trocou as voltas e ficou apenas a imagem, a lembrança, o tempo e o

caminho.

Se o ideal não existe temos de nos contentar com o normal aceitável e o

aceitável e desejável é manter acesa na memória do tempo a chama das

suas virtudes e fazer delas luzeiros que alumiem e iluminem sem

obscurecer nem ocultar novas luzes e virtudes de outros que Deus

entretanto coloca nos nossos caminhos.

Falando de D. António, nem todos pensamos da mesma maneira, mas a

verdade é igual para todos e todos sabemos que o tempo da Igreja como

Instituição não é o mesmo nem igual ao tempo dos leigos orantes na sua

esperança, fé e crença mais caseiras.

O Caminho do Céu é curto e rápido pois entramos, (à partida), no

anfiteatro do mesmo logo após a nossa morte.

Diferentes são os passos a dar, a distância a percorrer, as exigências a

ultrapassar, as provas a obter e o tempo a esperar para alguém que,

chamado à presença de Deus possa ser considerado exemplo a imitar e

como tal subir à Glória de Venerável, Beato ou Santo.

Nem S. João Maria Vianey, o grande Santo Cura d´Ars, hoje patrono do

Clero, escapou à dificuldade e exigências desse caminho onde chegou

somente quase 70 anos após a sua morte.

-3- Sem pressa nem perda de tempo, façamos todos todos nós e cada um

o que nos compete: rezar, invocar, testemunhar, manter e divulgar.

«Caminhar» ou «Caminhando com D. António» é um percurso de

aperfeiçoamento, de humildade e de virtudes vividas no processo da vida.

A Fé não dorme, a esperança não falha e a caridade não espera.

Morreu já, foi em 4 de junho deste ano, o Padre que dizia «eu agora só

rezo ao António». Com a sua partida perdeu-se um pioneiro da causa e

um dinamizador insistente, se calhar inoportuno mas verdadeiro.

Assim, cada vez a orfandade é mais sentida: a solidão aumenta, as vozes

não falam e o silêncio não se ouve.

Mas tempo virá. O advento «há-de vir» antes que as pedras falem.

Estamos na «estrada» e seguimos a estrela, estamos no caminho e

sejamos, como ele, bondade e sorriso, alegria e esperança, ação e

verdade, exemplo e vida.

O resto é com Deus.

Adão Sequeira

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